Resolvemos criar o blog para ter um espaço de troca de
informações com outros gateiros sobre o Universo Felino. Queríamos fazer um texto de apresentação com
algumas curiosidades sobre gatos domésticos. Mas, devido aos acontecimentos
repentinos que mudaram a nossa vida, esse texto inicial se tornou a narrativa
de como abrigar duas ninhadas que invadiram a minha casa (literalmente). Agora queremos dividir com o Mundo Virtual, a
aproximação de toda essa galera felina, a apresentação das ninhadas ao Bart (o
filho felino mais velho)... E em como
ficou a vida depois de SETE gatinhos nos adotarem e nossas vidas passarem de UM
para OITO gatos em muito pouco tempo!
Nossos Gatinhos |
O gato Bart (Bartholomew), é um gatão amarelo
e arteiro como no desenho: Os Simpsons. Ele era nosso único filho felino até
três semanas atrás, quando os novos gatinhos começaram a aparecer... Porém, para entenderem melhor essa historia
vou ter que contar um pouco da nossa vida! Eu e minha esposa estudamos no
campus de Seropédica da UFRRJ e por isso no final de Janeiro de 2014 nos
mudamos para a cidade. Conseguimos uma casa em um local sossegado no fim da
região central. No fim mesmo! A casa e a penúltima da rua e depois há um
imenso horto florestal com cerca 496 hectares (http://secultseropedica.blogspot.com.br/2012/05/uma-floresta-no-centro-de-seropedica.html). Vivemos por nove meses vendo apenas muitas aves (Maritacas,
Papagaios, Anus-pretos, Canários da Terra, Tucanos... entre outros!) e um gambá
que já estava morando pelos telhados vizinhos quando nos mudamos, e que sempre
passa ao anoitecer em direção ao horto, sem se aproximar. Além de um ou outro gato da vizinhança
passando durante a madrugada. A casa além de espaçosa é toda telada e tem um
bom terreno de 10x30, que cabem muitos gatinhos! Apenas de um lado era
cerca-viva, mas o proprietário e o vizinho decidiram construir um muro sem nos
avisar, e foi exatamente no primeiro dia da obra ‘surpresa’ que apareceu a
primeira Gata dos sete gatinhos. Já era
quase meia-noite e ouvíamos uma gatinha gritar (não miava e sim gritava), era
um miado constante e de agonia. No principio, quando olhamos de longe nos
pareceu ser um filhotinho faminto, mas quando ela finalmente se aproximou e
aceitou a comida podemos ver melhor e constatamos que era uma fêmea adulta que
estava desnutrida. Nessa mesma hora
minha esposa observou que ela estava prenha, pois, apresentava uma barriga
muito grande e ‘alta’, e também se mexia muito, como que estivesse à procura de
uma posição confortável para entrar em trabalho de parto. Um detalhe importante
é que apesar de gatinhas pararem de comer um pouco antes de parir, ela pelo
contrário comeu muito, como se não comesse há dias... Ela estava faminta e por
isso tanto gritava!
Gato Bart |
Depois de alimentarmos a gatinha mamãe, começamos a tentar
uma forma branda de aproxima-la da casa para que ela pudesse dar a luz confortavelmente
em um lugar seguro. Com muita paciência e conversa a gatinha desconfiada e
assustada foi se chegando. Sempre muito dócil, mas atenta a tudo. Afinal era
uma mamãe querendo proteger seus filhotinhos!
Nos deixou fazer carinho e quando discutíamos como iriamos acomoda-la
tivemos um acidente com nosso filho felino mais velho. Bart já tinha visto a
gatinha em seu ‘território’, pois nossas
portas são de vidro. Ele não ficou muito feliz com isso. E começou a andar de
um lado para o outro muito irritado! Já tínhamos percebido e estávamos tomando
cuidado para que ele não saísse. Mas,
por um descuido meu, ele que estava no quarto da frente me ouviu saindo pela porta
dos fundos, e veio correndo em disparada na minha direção enquanto eu saia, só
então que eu o senti passando pelas minhas pernas. Ele se se atirou, e por mais
que eu tivesse tentado trava-lo com a perna, ele conseguiu passar por mim e pulou
na gatinha. Com sorte conseguimos intervi r a tempo, e eles não se machucaram.
O Bart, apesar de ser um gigante de oito quilos, é muito bonzinho! Ele foi
adotado com um mês, e morou durante quase toda a sua vida em uma casa que mais
parecia um apartamento. Então, até nos mudarmos pra Seropédica, ele nunca tinha
visto nenhum gato, cachorro, ou qualquer outro animal. Talvez por isso ele nem soubesse
o que fazer, e só avançou na gatinha por ciúmes, já que ele não mordeu, e nem arranhou
sério a mamãe, mas sim deu aquelas patadas e avisos sonoros. A gatinha fugiu
assustada e subiu numa pequena arvore no vizinho, ao lado da onde ficava a
cerca viva. Sem escolha entramos no
terreno vizinho de madrugada e conseguimos resgatar a gatinha que estava nos
últimos galhos sem saber descer com aquela barrigona. Ela é muito boazinha, nos
ajudou a resgata-la da árvore sendo dócil e paciente com humanos que ela nem
conhecia. Não se mostrou arisca em
nenhum momento, só estava muito assustada com a situação e por conta disso se
embrenhou ainda mais no terreno vizinho. Já no dia seguinte a vizinha comentou
que uma gatinha tinha tido filhotes na sua casa.
Mamãe e filhotinhos |
A gatinha teve três filhotinhos: um macho listradinho, um
macho frajola e uma fêmea vaquinha. Os vizinhos que também amam animais queriam
ajudar, mas não sabiam nada sobre gatos, além de terem três Pinschers idosos e
mais um cachorro que estava irritando a nova mamãe que tinha escolhido um
arbusto ao lado de sua casa para se acomodar. Pelo bem de todos (e para nossa alegria) trouxemos
todos e acomodamos em um quartinho que temos na área de serviço. O quartinho é
bem espaçoso e arrumamos de um jeitinho bem aconchegante para que a mamãe gata
pudesse amamentar tranquila. Com a mãe
gata e os filhotinhos abrigados começamos a pensar, e pesquisar sobre os
cuidados que precisaríamos ter com a ninhada e a mamãe. E também iniciamos uma
maratona de leitura, e pesquisas em geral sobre comportamento animal, e sobre
como apresentaríamos ao gato Bart todos esses gatinhos que tinham acabado de
chegar. Nessa altura já tínhamos nos
decidido em dar um lar permanente para todos eles. E nos preparamos para começar a saga da
aproximação dos gatinhos ao Bart. Enquanto os novos moradores ficavam na
quarentena para a sua saúde começamos a colocar em prática algumas das técnicas
que conhecemos através da internet, e do Jackson Galaxy(todo gateiro precisa
desse cara! Rs!). Nosso objetivo era
fazer com que todos tivessem uma aproximação branda, e saudável! Mas, o que nós não sabíamos, é quem em poucos
dias chegaria mais uma ninhada (dessa vez só os filhotinhos) precisando de
ajuda, e em um estado severo de desnutrição. Continua no próximo post...