domingo, 12 de outubro de 2014

A Chegada dos Gatinhos



 Resolvemos criar o blog para ter um espaço de troca de informações com outros gateiros sobre o Universo Felino.  Queríamos fazer um texto de apresentação com algumas curiosidades sobre gatos domésticos. Mas, devido aos acontecimentos repentinos que mudaram a nossa vida, esse texto inicial se tornou a narrativa de como abrigar duas ninhadas que invadiram a minha casa (literalmente).    Agora queremos dividir com o Mundo Virtual, a aproximação de toda essa galera felina, a apresentação das ninhadas ao Bart (o filho felino mais velho)... E  em como ficou a vida depois de SETE gatinhos nos adotarem e nossas vidas passarem de UM para OITO gatos em muito pouco tempo!
Nossos Gatinhos
  O gato Bart (Bartholomew), é um gatão amarelo e arteiro como no desenho: Os Simpsons. Ele era nosso único filho felino até três semanas atrás, quando os novos gatinhos começaram a aparecer...  Porém, para entenderem melhor essa historia vou ter que contar um pouco da nossa vida! Eu e minha esposa estudamos no campus de Seropédica da UFRRJ e por isso no final de Janeiro de 2014 nos mudamos para a cidade. Conseguimos uma casa em um local sossegado no fim da região central.  No fim mesmo!  A casa e a penúltima da rua e depois há um imenso horto florestal com cerca 496 hectares (http://secultseropedica.blogspot.com.br/2012/05/uma-floresta-no-centro-de-seropedica.html). Vivemos por nove meses vendo apenas muitas aves (Maritacas, Papagaios, Anus-pretos, Canários da Terra, Tucanos... entre outros!) e um gambá que já estava morando pelos telhados vizinhos quando nos mudamos, e que sempre passa ao anoitecer em direção ao horto, sem se aproximar.  Além de um ou outro gato da vizinhança passando durante a madrugada. A casa além de espaçosa é toda telada e tem um bom terreno de 10x30, que cabem muitos gatinhos! Apenas de um lado era cerca-viva, mas o proprietário e o vizinho decidiram construir um muro sem nos avisar, e foi exatamente no primeiro dia da obra ‘surpresa’ que apareceu a primeira Gata dos sete gatinhos.  Já era quase meia-noite e ouvíamos uma gatinha gritar (não miava e sim gritava), era um miado constante e de agonia. No principio, quando olhamos de longe nos pareceu ser um filhotinho faminto, mas quando ela finalmente se aproximou e aceitou a comida podemos ver melhor e constatamos que era uma fêmea adulta que estava desnutrida.  Nessa mesma hora minha esposa observou que ela estava prenha, pois, apresentava uma barriga muito grande e ‘alta’, e também se mexia muito, como que estivesse à procura de uma posição confortável para entrar em trabalho de parto. Um detalhe importante é que apesar de gatinhas pararem de comer um pouco antes de parir, ela pelo contrário comeu muito, como se não comesse há dias... Ela estava faminta e por isso tanto gritava!
Gato Bart
 Depois de alimentarmos a gatinha mamãe, começamos a tentar uma forma branda de aproxima-la da casa para que ela pudesse dar a luz confortavelmente em um lugar seguro. Com muita paciência e conversa a gatinha desconfiada e assustada foi se chegando. Sempre muito dócil, mas atenta a tudo. Afinal era uma mamãe querendo proteger seus filhotinhos!  Nos deixou fazer carinho e quando discutíamos como iriamos acomoda-la tivemos um acidente com nosso filho felino mais velho. Bart já tinha visto a gatinha em seu ‘território’, pois  nossas portas são de vidro. Ele não ficou muito feliz com isso. E começou a andar de um lado para o outro muito irritado! Já tínhamos percebido e estávamos tomando cuidado para que ele não saísse.  Mas, por um descuido meu, ele que estava no quarto da frente me ouviu saindo pela porta dos fundos, e veio correndo em disparada na minha direção enquanto eu saia, só então que eu o senti passando pelas minhas pernas. Ele se se atirou, e por mais que eu tivesse tentado trava-lo com a perna, ele conseguiu passar por mim e pulou na gatinha. Com sorte conseguimos intervi r a tempo, e eles não se machucaram. O Bart, apesar de ser um gigante de oito quilos, é muito bonzinho! Ele foi adotado com um mês, e morou durante quase toda a sua vida em uma casa que mais parecia um apartamento. Então, até nos mudarmos pra Seropédica, ele nunca tinha visto nenhum gato, cachorro, ou qualquer outro animal. Talvez por isso ele nem soubesse o que fazer, e só avançou na gatinha por ciúmes, já que ele não mordeu, e nem arranhou sério a mamãe, mas sim deu aquelas patadas e avisos sonoros. A gatinha fugiu assustada e subiu numa pequena arvore no vizinho, ao lado da onde ficava a cerca viva.  Sem escolha entramos no terreno vizinho de madrugada e conseguimos resgatar a gatinha que estava nos últimos galhos sem saber descer com aquela barrigona. Ela é muito boazinha, nos ajudou a resgata-la da árvore sendo dócil e paciente com humanos que ela nem conhecia.  Não se mostrou arisca em nenhum momento, só estava muito assustada com a situação e por conta disso se embrenhou ainda mais no terreno vizinho. Já no dia seguinte a vizinha comentou que uma gatinha tinha tido filhotes na sua casa.
Mamãe e filhotinhos
 A gatinha teve três filhotinhos: um macho listradinho, um macho frajola e uma fêmea vaquinha. Os vizinhos que também amam animais queriam ajudar, mas não sabiam nada sobre gatos, além de terem três Pinschers idosos e mais um cachorro que estava irritando a nova mamãe que tinha escolhido um arbusto ao lado de sua casa para se acomodar.  Pelo bem de todos (e para nossa alegria) trouxemos todos e acomodamos em um quartinho que temos na área de serviço. O quartinho é bem espaçoso e arrumamos de um jeitinho bem aconchegante para que a mamãe gata pudesse amamentar tranquila.  Com a mãe gata e os filhotinhos abrigados começamos a pensar, e pesquisar sobre os cuidados que precisaríamos ter com a ninhada e a mamãe. E também iniciamos uma maratona de leitura, e pesquisas em geral sobre comportamento animal, e sobre como apresentaríamos ao gato Bart todos esses gatinhos que tinham acabado de chegar.  Nessa altura já tínhamos nos decidido em dar um lar permanente para todos eles.  E nos preparamos para começar a saga da aproximação dos gatinhos ao Bart. Enquanto os novos moradores ficavam na quarentena para a sua saúde começamos a colocar em prática algumas das técnicas que conhecemos através da internet, e do Jackson Galaxy(todo gateiro precisa desse cara! Rs!).  Nosso objetivo era fazer com que todos tivessem uma aproximação branda, e saudável!  Mas, o que nós não sabíamos, é quem em poucos dias chegaria mais uma ninhada (dessa vez só os filhotinhos) precisando de ajuda, e em um estado severo de desnutrição. Continua no próximo post...